Crianças

Reações pós-vacinais: o que você precisa saber!

2 de agosto de 2021

“Por que meu filho tem reações depois da aplicação das vacinas?”

A hora da aplicação das vacinas, muitas vezes, traz junto o temor das reações pós-vacinais, reações adversas ou simplesmente reações, como são conhecidas popularmente. Quais são elas e por que acontecem? É possível evitar?

É importante entender que a vacinação é uma imunização ativa, isto é, os componentes aplicados irão despertar o sistema imunológico para a produção de anticorpos contra determinada doença. Ou seja, quem vai produzir a proteção é o próprio indivíduo. Este processo fisiológico pode resultar em alguns sintomas, as famosas reações, que são processos naturais do corpo.

Todas as vacinas, sem exceção, podem provocar algum tipo de reação local ou sistêmica, em crianças e em adultos também. Mas não necessariamente. A maioria das pessoas não apresenta nenhuma reação após a aplicação das vacinas. Ou seja, podemos dizer que a reação pós-vacinal é imprevisível, pois depende de como cada indivíduo vai reagir àquela vacina, naquele momento. Mas, por ser um processo fisiológico, e não uma infecção (doença), é um processo autolimitado, que vai terminar por si, em pouco tempo.

As reações mais comuns a todas as vacinas são locais: dor, vermelhidão ou inchaço no ponto da aplicação. Às vezes ocorrem reações sistêmicas, como febre (geralmente baixa a moderada), dor de cabeça e dores no corpo. É comum observar nos bebês sintomas como irritabilidade, sonolência, falta de sono ou outras alterações no comportamento.

Por isso é importante que seja realizada uma entrevista detalhada sobre o indivíduo que vai receber a vacina para diminuir a chance de reações alérgicas e interferências com alguns tratamentos. Reações alérgicas graves são extremamente raras e manifestam-se nos primeiros minutos, geralmente na primeira hora. Ou seja, são totalmente diferentes das reações comuns.

Além disso, a taxa de reações varia conforme cada tipo de vacina: algumas são mais reatogênicas devido a sua composição. Para algumas vacinas, no entanto, existem formulações alternativas, que diminuem a chance de reações. Informe-se com profissionais habilitados sobre essas possibilidades.

E se a ocorrência de reações é imprevisível, o que é possível afirmar com certeza é que a grande maioria dos casos de reações são benignas, passageiras e não causam nenhum tipo de prejuízo ou sequela. O risco que as doenças trazem para quem não está vacinado é substancialmente maior do que o risco de reações às vacinas. Analgésicos e antitérmicos podem ser utilizados para diminuir o desconforto, sempre conforme a orientação médica.

Então, quando devemos ficar preocupados? As crianças e os bebês devem ser observados cuidadosamente após a aplicação de vacinas. Se reações muito intensas ou não esperadas forem observadas, o médico deve ser informado, bem como o serviço onde houve a aplicação. Por exemplo: casos de febre muito alta, que não cede com a utilização de antitérmicos, necessitam de avaliação médica.

As reações pós-vacinais ocorrem geralmente nas primeiras 48 horas e são passageiras, prolongando-se no máximo por 2 a 3 dias. No caso da persistência dos sintomas, a avaliação médica pode ser necessária, pois pode inclusive tratar-se de alguma doença, sem relação com a vacina.

O importante é manter a tranquilidade sabendo que a resposta do corpo à vacina pode causar alguns sintomas, mas que são passageiros e não oferecem riscos maiores. Converse sempre com o seu médico e questione os profissionais no momento da aplicação. Esclarecer as dúvidas antes deixa todos mais tranquilos, tornando mais fácil a experiência frente a possíveis reações.

Luciana Weidlich

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