A Organização Mundial de Saúde declarou, em 23 de junho de 2022, que já considera a Varíola dos Macacos (Monkeypox) uma emergência internacional em saúde. Isso se deve ao fato de que o número de casos tem aumentado significativamente em diversos países, incluindo o Brasil. Para se ter ideia, até o dia em que este texto foi escrito, 8 de agosto, 2.131 casos já haviam sido confirmados no país, ou seja, um número 12 vezes maior do que há 30 dias.
Em geral, esta é uma doença que tem evolução para cura, apresentando poucos casos graves. No entanto, o período de isolamento costuma ser longo e o risco de contágio das pessoas que convivem com o doente é grande. Vale ressaltar também que o quadro clínico pode ser mais grave em crianças, idosos, gestantes e imunossuprimidos.
Sendo assim, para se proteger e proteger as pessoas ao seu redor, é preciso saber identificar as formas de contaminação e os sintomas da doença. Confira mais detalhes abaixo.
Antes de mais nada, cabe ressaltar que a Varíola dos Macacos é uma doença causada por um vírus semelhante ao vírus da varíola (doença erradicada mundialmente), e não é transmitido pelo macaco, como o nome pode sugerir. Em resumo, a transmissão da doença no surto atual está ocorrendo de pessoa a pessoa.
Em outras palavras, o contato com lesões, fluidos corporais e contato físico com pessoas contaminadas são a principal forma de transmissão. Do mesmo modo, a transmissão por via aérea (gotículas da fala e respiração) é possível, mas menos comum, pois necessita de contato próximo e prolongado.
Já quando falamos em sintomas, eles geralmente iniciam de 5 a 21 dias após a transmissão do vírus. Na sequência, o paciente comumente apresenta febre, mal estar, fadiga, dor de cabeça, inchaço e dor nos gânglios. Após um a três dias do início dos sintomas, começam a aparecer lesões na pele, que podem ocorrer em algumas partes isoladas do corpo, incluindo a região genital, ou podem aparecer de forma disseminada em todo o corpo.
Vale ressaltar que é importante saber que os sintomas não estão sempre presentes. Muitas vezes podem ser brandos e com pouquíssimas lesões de pele, sendo quase imperceptíveis. Mesmo nestes casos, a capacidade de transmissão continua sendo elevada. Além disso, a evolução da doença é bastante lenta, com duração de aproximadamente 15 a 30 dias de período infeccioso.
Em primeiro lugar, saiba que a principal forma de prevenção é evitar o contato com pessoas infectadas. Também existem três vacinas aprovadas para uso contra a varíola no mundo. Atualmente, algumas destas vacinas estão tendo o seu uso estendido para o controle da Varíola dos Macacos, já que os vírus das duas doenças são muito semelhantes e, por isso, considera-se que exista um certo grau de efetividade contra a Varíola dos Macacos.
Por enquanto, nenhuma das vacinas está disponível no Brasil mas, recentemente, o Ministério da Saúde anunciou que está providenciando a obtenção de uma destas vacinas. O que já se sabe é que o imunizante deve ter indicações bem restritas, pois a produção mundial ainda não é suficiente para fazer a vacinação em massa. Além disso, por enquanto também não existe essa indicação.
Muitas ações podem e devem ser adotadas para conter este surto que está em crescimento exponencial mundialmente. Informação às pessoas, treinamento de profissionais de saúde, diagnóstico precoce e rastreamento e monitoramento de contatos dos casos confirmados e suspeitos são medidas urgentes e fundamentais para o controle desta doença. A partir deste monitoramento, será possível vacinar os contatos dos casos e interromper significativamente a transmissão, antes que a doença se torne uma epidemia.
Se manter informado é um dos primeiros passos para manter a sua saúde em dia. Sendo assim, caso seja do seu interesse, também já publicamos por aqui artigos sobre a vacina da Dengue (clique aqui), Covid-19 (clique aqui) e Pneumonia (clique aqui).
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